A Capoeira na sala de aula: Relações com a Educação Física e outras disciplinas

A Capoeira é, hoje, um instrumento educacional, mas nem sempre foi assim. Sabe-se que a referida atividade é uma cultura de resistência do negro no Brasil. É praticada em diversos pontos do planeta e faz parte do cotidiano de muitas escolas, além de objeto de pesquisa em diversas áreas do saber.

Essa manifestação afro-brasileira tem algumas características educacionais que podem oferecer colaboração para o processo de ensino-aprendizagem de seus praticantes. Ela pode ser trabalhada em relação com as disciplinas do currículo escolar, sobretudo, com a Educação Física.

Segundo Carlos Eugênio Líbano Soares apud (SILVA, 2003, p. 78) “[…] a Capoeira, se nasceu no Brasil, e foi gerada por africanos, então ela é afro-brasileira. Nem africana nem brasileira, é afro-brasileira”. Durante muitos anos, em nenhum país desse continente ou do mundo encontrava-se prática igual, apenas no Brasil. Essa manifestação cultural foi reconhecida como uma forma de expressão e registrada como Patrimônio Cultural Brasileiro. A Roda e o ofício dos Mestres foram inscritos nos Livros dos Saberes e das Formas de Expressão. É divulgada pelo mundo todo, levando além de si, a cultura nacional, pois realiza diversos shows com apresentações de diversas manifestações culturais brasileiras.

A prática marginal que virou instrumento educacional

O capoeirista, antigamente chamado de capoeira, no início de seu aparecimento, comenta Rego (1968, p. 291) “[…] foi considerado um marginal, um delinquente, em que a sociedade deveria vigiá-lo e as leis penais enquadrá-los e puni-los”(sic). A primeira codificação penal brasileira, ou seja, o Código Penal do Império do Brasil, de 1830, trazia a figura do Capoeira de maneira implícita no texto contido no capítulo IV que tratava Dos vadios e mendigos. Pois na época o capoeirista era visto como um marginal, um vadio.

Após a abolição do regime escravocrata, a situação não mudou muito, o Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil de 1890, deu-lhe tratamento específico no capítulo XII, intitulado Dos vadios e Capoeiras, o qual transcrito da obra de Rego (ibidem, p. 292) nas linhas seguintes:

“Art. 402. Fazer nas ruas e praças públicas exercício de agilidade e destreza corporal conhecida pela denominação de Capoeiragem: andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir lesão corporal, provocando tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal;

Pena – de prisão celular por dois a seis meses”.

Manoel dos Reis Machado, o famoso Mestre Bimba, nasce quando a atividade ainda tinha sua prática proibida. Ele desenvolve a Capoeira Regional com a “[…] pretensão de tirar a Capoeira do Código Penal, a fim de que sua prática fosse conhecida por todos e não houvesse mais repressão da sociedade” (SILVA, 2003, p. 52). O referido Mestre fez apresentações para diversas autoridades, entre essas apresentação está uma que fez para Getúlio Vargas, em 23 de julho de 1953. Sendo o primeiro capoeirista a se exibir para um Presidente da República.

Em 26 de dezembro de 1972, devido aos esforços dos que o sucederam,essa cultura “[…] foi oficializada pela Confederação Brasileira de Pugilismo, […] foi institucionalizada […] e vinculada ao Comitê Olímpico Brasileiro” (CAMPOS, 2001, p. 46). Firmou-se, então, como uma prática esportiva presente em escolas, clubes e academias.

O processo de aceitação da Capoeira por parte da sociedade se inicia com Mestre Bimba. Sousa (2006, p. 27) afirma que “[…] Mestre Bimba foi o primeiro mestre de capoeira a abrir uma academia de capoeira, em 1932 […]” A segunda academia foi aberta por Mestre Pastinha, em 1941, com o nome de Centro Desportivo de Capoeira Angola.

Atualmente, segundo Campos (2001, p.47) “[…] o capoeirista é um jogador-estudioso, aquele que pratica a Capoeira e, ao mesmo tempo se interessa pela pesquisa, aprofundando e produzindo conhecimentos históricos, técnicos e antropológicos”. Não é apenas um jogador, mas é, sobretudo, um estudioso de sua cultura que colabora para sua manutenção e divulgação.

Gingando na escola – Confira o Vídeo do CEAV!

A escola não é mais um ambiente fechado ao modelo formal de ensino, ela se abre e dá oportunidade para manifestação de outros saberes e para educação não-formal, aprendidas através de manifestações culturais como a Capoeira. A comunidade trabalha lado a lado com o núcleo gestor, fiscalizando, dando sugestões e participando. Muitos professores de capoeira atuam nesse espaço seja de forma remunerada ou voluntária. A Capoeira tem no espaço escolar um leque infinito de possibilidades. Campos, em entrevista concedida a Revista Praticando Capoeira (2007, p. 27), coloca que “A Capoeira é fantástica por ser polissêmica, ou seja, tem muitos significados e muitas possibilidades”. Esse caráter polissêmico, como classifica o autor, permite um trabalho criativo e inovador que desperta e convida o aluno para aprendizagem significativa. Com ela, o jovem entra em contato com um universo infinito de significados que vêm sendo passados pela tradição oral.

A Capoeira pode ser mais um recurso a ser utilizado dentro do contexto escolar para tentar reverter o quadro alarmante de desinteresse pelo aprendizado por parte dos educandos. O desafio aos limites do seu corpo, através dos movimentos acrobáticos, é um grande atrativo dentro desse universo. Tais movimentos, quando realizados por adultos os fazem lembrar de quando eram crianças, e para as crianças é o lúdico na prática da atividade, é um dos principais atrativos para elas. Para Areias (1998, p. 92) “É saltando, contorcendo-se e equilibrando o seu corpo nas posições mais difíceis e imagináveis que o capoeirista se sente grande, liberto e ao mesmo tempo uma criança peralta […]”.

Além das acrobacias há o fundamento, a ginga e os movimentos de defesa e ataque. Segundo Souza (1980, p. 17) “O gingado é a parte mais importante da Capoeira, ponto de partida de todas as aquisições futuras. É a posição ‘fundamental’ do capoeirista, […] chave de sua agilidade e deslocamento”. Para Mestre Bimba apud (SOUSA, 2006, p. 39) “a ginga é a alma do capoeirista”. Os movimentos de ataque e defesa se confundem, um ataque pode ser uma defesa e vice-versa. Essa gama de movimentos proporcionará a comunicação corporal de forma espontânea e bela. A inteligência e a beleza compõem o jogo de capoeira (AREIAS, 1998).

A preocupação com o outro e a busca da harmonia no jogo eram e continuam sendo fatores fundamentais para o bom desenvolvimento do jogo da Capoeira. O jogo sempre é acompanhado de cantigas e instrumentos comandados pelo berimbau. Na roda de capoeira existe todo um ritual de ordem e disciplina, onde o Mestre é quem comanda, mas todos colaboram para o bom desenvolvimento do espetáculo.

Na roda das relações com as disciplinas do contexto escolar

A Capoeira oferece uma gama de atividades e conteúdos que podem ser trabalhados em parceria com o professor de sala de aula. Ela é muito próxima de disciplinas como: Educação Física, História, Português, Geografia, Artes. Até disciplinas como Matemática e Ciências da Natureza também podem ser trabalhadas. Para tanto, é necessário que o mestre de capoeira também planeje suas aulas, de preferência com o corpo docente para que o trabalho escolar possa atingir melhores níveis.

A referida atividade trabalha o indivíduo em toda sua extensão. Desenvolve várias nuances de cada pessoa podendo explorar aspectos que não são trabalhados na educação formal. É uma prática indissociável da música, trabalhada em conjunto, necessita de pensamento rápido e qualidades outras que estimula o desenvolvimento das múltiplas inteligências.

Gilberto Gil (2004), quando Ministro da Cultura, se pronunciou em relação a essa atividade, em uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) dizendo que ela “poderia ser vista como instrumento da construção da paz mundial”, tendo em vista que se trata de uma atividade que não tem nenhum tipo de preconceito. Assim, pode-se considerar um ótimo instrumento de inclusão social, pois na roda pode entrar homem, menino, mulher, velho, coronel, doutor, deficiente visual e outros mais. Todos convivendo em um só espaço com os mesmos direitos.

A Capoeira se aproxima muito da Educação Física “[…] todos os indícios mostram que a relação da Capoeira com a Educação Física é de reciprocidade[…]” (CAMPOS, 2001, p. 75).É através desta que aquela adentra ao universo escolar. Pois, “tudo indica que o Mestre Aristides seja realmente um dos precursores da Capoeira na Escola, e o principal responsável pela disseminação de seu ensino na pré-escola e no 1º grau, no Brasil” (ibidem, p.80).

A Cultura brasileira possui uma movimentação lúdica que encanta, atraindo o jovem para sua prática. Campos (ibidem) comenta que:

“[…] os princípios e métodos de treinamento são ferramentas que dão suporte técnico-científico ao ensino da Capoeira. A recíproca, contudo, é verdadeira, principalmente quando se trata do ensino-aprendizagem da Capoeira, em que ela, por si própria, é capaz de atender às necessidades atléticas dos capoeiristas, desenvolvendo sobremaneira as capacidades aeróbicas, anaeróbicas, qualidades físicas e volutivas” (ibidem, p. 75-76).

O PCN de Educação Física (1998) destaca que “Num país em que pulsam a capoeira, o samba […], entre outras manifestações, é surpreendente o fato de a educação física, […] ter desconsiderado essas produções de cultura popular como objeto de ensino e aprendizagem” (p. 71 e 72). Sugerindo implicitamente que ocorra a prática da atividade no âmbito escolar. Na Capoeira, o conteúdo, passado pelos mestres, remete seu praticante a uma filosofia e reconhecimento de sua ancestralidade.

O art. 26, § 4º da Lei nº. 9.394/96, mas conhecida como LDB, diz o seguinte:

“O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia”.

A Capoeira pode contribuir se maneira relevante para efetivação deste artigo. Vários são os cânticos que narram passagens históricas que envolvem personagens negros, entre eles podem-se citar alguns como: Guerra do Paraguai, Princesa Isabel, Escravidão, Raça Negra, Navio Negreiro, O Negro Zumbi, De Zumbi a Mandela, A Escravidão, Adeus Pastinha, Criador da Regional exemplos retirados do trabalho do Mestre Camisa (1997). As Cantigas de capoeira:

“[…] tanto pode ser de enaltecimento de um capoeirista que se tornou herói pelas bravuras que fez quando em vida, como pode narrar fatos da vida quotidiana, usos, costumes, episódios históricos, a vida e a sociedade na época da colonização, o negro livre e o escravo na senzala, na praça e na comunidade social” (REGO, 1968, p. 89).

O professor de capoeira que busca o embasamento teórico possui subsídios suficientes para trabalhar a interdisciplinaridade com o seu grupo auxiliando o educando a desenvolver uma consciência crítica sobre a história do Brasil.

No ensino da língua portuguesa pode-se realizar um estudo em cima da linguagem falada e escrita. Para que o aluno compreenda a necessidade de utilizar a linguagem adequada para cada ambiente. Pode-se explorar a cantiga, mostrando ao aluno características da linguagem informal. Palavras como tava, tá, cê, voismicê, camará, nêgo, dentre outras, são comuns nessas cantigas e muitas delas também são comuns no linguajar cotidiano. Os erros gramaticais podem ser identificados, não com a intenção de desconstruir a poesia, mas para exercitar a gramática.

No Brasil, há diferenças gritantes entre o português falado e o escrito. Este é orientado pela gramática, que sofreu alterações recentes através de um acordo entre os países falantes da língua portuguesa, aquele, pelo contrário, é muitas vezes denominada como brasileiro, pois o povo desenvolveu uma maneira peculiar de se comunicar e esta está explícita nas cantigas de capoeira. Para Rego (1968, p. 126): “Lingüisticamente falando, as cantigas fornecem detalhes da linguagem corrente do Brasil […] No âmbito fonético, há uma pequena mostra da pronúncia geral brasileira e mui especial a local” (sic). Um exemplo marcante é o que ocorre com os substantivos, escreve Rego que (ibidem, p. 138) “No falar do povo, a flexão numérica através do s desaparece. Conhece-se o plural dos substantivos por meio dos elementos que os antecedem”. Ainda segundo o mesmo autor (ibidem): “Com referência aos verbos, o povo fêz profundas simplificações. […] só se usam a primeira e a terceira pessoas e a primeira do plural perde o s” (sic).

Hoje, a Capoeira ultrapassa fronteiras, é divulgada em vários pontos do planeta. O trabalho com a Geografia pode ser realizado através das cantigas e do estudo da história da capoeira, e ainda procurando a realidade atual dos grupos, muitos com sedes no exterior. A Capoeira jogada em cada região do País e do mundo apresenta características peculiares que podem ser percebidas e analisadas pelos alunos. Pode-se utilizar diversos materiais de apoio como mapas, dvds e cds.

“Cantigas focalizando vilas, cidades, estados e países estão não só nas cantigas de capoeira, como em cantos outros do folclore.” (ibidem, p.245). Há várias dessas produções que mencionam locais onde se pratica a capoeira com por exemplo: Rio de Janeiro, Portugal, ilha de Maré, Japão, Bahia, Piauí, Paraguai, Brasil, Itabaianinha. (ibidem)

A Capoeira é fonte de inspiração de diversos artistas brasileiros e de diversas áreas. Foi tema de diversas canções da música popular brasileira como as de Vinícius de Moraes, inspiração para escritores como Jorge Amado, imagem nos desenhos de Carybé, um famoso artista plástico argentino radicado no Brasil. Invadiu os cinemas, sua coreografia é vista em filmes como Harry Porter, Hellboy, Indiana Jones, Esporte Sangrento, Desafio Mortal dentre outros.

Nas artes plásticas podem-se citar dois nomes que representaram uma parte da história do Brasil através de seus trabalhos que foram Rugendas e Debret. Segundo Rego, (ibidem, p. 324): “O aparecimento da Capoeira nas artes plásticas não é de agora. As indicações mais específicas remontam a 1827 com Moritz Rugendas.” Paralelo a este vem Jean Baptiste Debret.

A cerca de Carybè, Rego (ibidem, p. 325) aponta que foi “[…] o grande mestre e senhor absoluto do tema […] nascido na Argentina […] com cidadania brasileira. A Bahia, […] está cheias de murais de Caribè com a temática de capoeira.”

Na música popular brasileira encontram-se grandes nomes que usaram a Capoeira como inspiração. Para Rego (ibidem, p. 330) “Dentro da etiquêta bossa nova, coube a Baden Powell e Vinícius de Moraes, mui especialmente Baden Powell, explorar a temática.” (sic) Com músicas como Berimbau e Água de beber.

Na Literatura “Pelo que se tem notícia, o documento literário mais antigo pertence à autoria de Manuel Antônio de Almeida […] Publicou entre 1854 e 1855 o romance Memória de um Sargento de Milícias, onde a personagem principal foi, na vida real, um habilíssimo capoeira”. (ibidem, p. 353) Há, ainda, Aluízio Azevedo com O Cortiço e Jorge Amado que publicou em seu livro Bahia de Todos os Santos o capítulo intitulado Capoeiras e Capoeiristas. No Cinema a aparição mais marcante foi em 1961 no filme O Pagador de Promessas premiado no Festival de Cinemas de Cannes.

Os movimentos da Capoeira desenham ângulos no ar. O praticante de capoeira realiza movimentos corporais, onde o mesmo gira 90º, 180º, 270º ou 360º conceitos matemáticos realizados com o corpo e que facilita a apreensão desses conceitos. Albuquerque (2005, p. 183) mostra em seu projeto apresentado no IV Congresso Internacional de Educação, realizado pela SAPIENS em 2005, a relação entre a Capoeira e a Geometria. Esse projeto foi desenvolvido com crianças da 4ª série, utilizando a Capoeira nas aulas de Educação Física e Matemática. Segundo a autora: “O principal objetivo deste trabalho é o de fazer com que os alunos construam o conceito de ângulos, círculos e circunferências, utilizando o próprio corpo como facilitador nessa construção”.

Observam-se, anida, várias cantigas, de variados autores, tendo como personagens animais, esses estão empregados naquelas, de maneira metafórica, mas podem-se trabalhar as mesmas fazendo relação com as ciências da natureza. Vários são os exemplos de corridos como, Onça Pintada, Camaleão, Corujão, Cobra Coral, entre outras. (Mestre Camisa, 1997)

Os instrumentos usados na Capoeira são feitos artesanalmente com o uso de madeiras de variadas espécies. Na confecção do berimbau, instrumento monocórdio, utiliza-se a cabaça que pode ser substituído por coité, os quais funcionam como caixa de ressonância. Para o corpo desse mesmo instrumento utiliza-se biriba, sabiá, cana-da-índia, dentre outros. Para os bastões de maculelê, dança folclórica que se utiliza de bastões, faz-se uso de jucá, uma madeira mais forte. Utilizam-se, ainda, cipós para se fazer os caxixis, espécie de chocalho que acompanha o berimbau.

São várias as disciplinas que a capoeira pode realizar um diálogo, auxiliando no seu aprendizado ou sendo objeto de estudo. Dessa forma ela pode despertar o jovem para o interesse das mesmas, pois ele observa que os assuntos se relacionam se contextualizam dentro de algo que gostam.

Considerações Finais

Pode-se dizer, baseado no que foi exposto acima, que a Capoeira é de suma importância para o desenvolvimento sócio-educacional, é um instrumento que conduz o indivíduo ao seu progresso físico, moral e intelectual e espiritual.

Essa Cultura Afro-brasileira tem relação com as diversas disciplinas do contexto escolar, podendo auxiliar na aprendizagem das mesmas de forma contextualizada facilitando a assimilação através da ludicidade, no lugar do tradicionalismo da sala de aula. A História, Artes, Geografia, Português, Educação Física e até a Matemática são realidades dentro do contexto capoeirístico. Porém é necessário um trabalho mais dirigido por parte dos profissionais da Capoeira em conjunto com o corpo docente das escolas. Esses profissionais poderiam ser remunerados e participarem dos planejamentos para dirigirem melhor seus trabalhos.

O convívio com outras pessoas, o trabalho cooperativo, concentração, força, equilíbrio e elasticidade são um forte estímulo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. A Capoeira é atividade que trabalhada com o corpo inteiro desenvolvendo mente e espírito. Ela melhora a auto-estima das pessoas que possuem algum tipo de comprometimento físico e colabora para inserção destas na sociedade. É uma atividade sem preconceitos, aceita todos os tipos de limitações. Pode ser desenvolvida em vários ambiente sem grandes exigências.

A Capoeira se aprimora como instrumento educacional e está presente em diversos espaços educacionais. Contribui para o desenvolvimento do educando de forma integral, realizando a fusão de corpo e mente. Pode ser um instrumento que junto às outras atividades transforma o espaço escolar em um espaço democrático e prazeroso para o educando e para os profissionais. É Cultura Popular que dentro da escola colabora com o desenvolvimento do trabalho educacional.

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Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/a-capoeira-na-sala-de-aula-relacoes-com-a-educacao-fisica-e-outras-disciplinas/55889